A dificuldade de mineração do Bitcoin encerrou 2025 próxima dos níveis recordes, refletindo a resiliência da rede apesar das flutuações no preço da criptomoeda. No último ajuste do ano, realizado em 25 de dezembro, a dificuldade subiu modestamente 0,04%, alcançando aproximadamente 148,2 trilhões — um aumento de cerca de 35% em relação ao início do ano, quando estava em 109,8 trilhões.
O que é a dificuldade de mineração?

A dificuldade de mineração é um mecanismo automático do protocolo Bitcoin que ajusta a complexidade para encontrar novos blocos a cada 2.016 blocos (aproximadamente duas semanas). O objetivo é manter o tempo médio de produção de blocos em torno de 10 minutos, independentemente da quantidade de poder computacional (hashrate) conectada à rede. Quanto maior a dificuldade, mais poder de computação é necessário para minerar blocos, o que torna a rede mais segura contra ataques.
Contexto de 2025: Altos e baixos
- O ano foi marcado por múltiplos recordes históricos. O pico absoluto ocorreu em outubro/novembro, com valores entre 155,97 trilhões e 156 trilhões.
- Após isso, houve três ajustes consecutivos de queda (totalizando cerca de 5%), influenciados por fatores como aumento nos custos de energia no inverno, fechamento de operações na China e correção no preço do Bitcoin.
- Apesar da queda no preço do BTC (que chegou a picos acima de US$ 126 mil, mas agora está em torno de US$ 89-90 mil), o hashrate da rede permaneceu elevado, em média acima de 1.070 EH/s (exahashes por segundo), com pico de 1.151 EH/s em outubro.
Implicações para os mineradores e a rede
- Para mineradores: Margens de lucro mais apertadas, especialmente após o halving de 2024, que reduziu as recompensas por bloco. Operadores menores enfrentam dificuldades para competir com grandes empresas que têm acesso a energia barata e hardware mais eficiente (ASICs de última geração). Isso acelera a consolidação do setor.
- Para a rede Bitcoin: Maior segurança. Uma dificuldade elevada torna praticamente impossível ataques de 51% ou manipulações, reforçando a descentralização e a robustez do protocolo.
Perspectivas para 2026
Com os tempos médios de bloco atualmente ligeiramente abaixo de 10 minutos (cerca de 9,95 minutos), o próximo ajuste — previsto para 8 de janeiro de 2026 — deve trazer um novo aumento, possivelmente para cerca de 149 trilhões. Analistas veem isso como sinal de confiança de longo prazo dos mineradores no Bitcoin, mesmo em um ambiente de preços voláteis.
Essa tendência de dificuldade crescente, mesmo com correções de preço, demonstra a maturidade da indústria de mineração e a força fundamental da rede Bitcoin ao entrar em 2026.
Veja Também:
Previsão de Preço do Bitcoin até 2030
Como Comprar Criptomoedas Sem Corretoras (Bitcoin, Ethereum e Altcoins)
Guia Completo das Carteiras de Criptomoedas: Hot, Cold, Custodial e Não Custodial