Comitê do Quênia Tem 42 Dias para Analisar Ações da Worldcoin
O órgão legislativo queniano instituiu um grupo governamental responsável por examinar o debatido projeto de moeda digital que faz leitura da íris, denominado Worldcoin, e sua introdução no território. Segundo o meio de comunicação local, The Star, este grupo é formado por 15 parlamentares de diferentes setores, como Administração e Proteção Interna, Inovação e Comunicação, além de Turismo e Conservação da Natureza. A Casa Legislativa, uma das representações parlamentares do Quênia, deu ao grupo um prazo de 42 dias para avaliar as operações da Worldcoin.
A Worldcoin teve seu lançamento global em 24 de julho. Durante sua etapa no Quênia, foi criado um ponto em um centro de eventos em Nairobi. Nesse local, os cidadãos tinham a opção de fornecer informações da íris por meio dos ‘orbs’ da Worldcoin, recebendo em troca moeda digital. Contudo, após um estudo realizado pelas entidades reguladoras quenianas, identificou-se que a Worldcoin apresentava “diversas questões regulatórias autênticas que necessitavam de intervenção imediata”, resultando na paralisação do projeto no país.
No seu parecer sobre a WLD, a Entidade de Comunicações apontou desafios como a indefinição sobre os protocolos de segurança dos dados coletados, a escassez de detalhes sobre medidas de cibersegurança e a preocupação de um grande volume de informações de cidadãos estar sob controle de empresas privadas sem uma estrutura apropriada.
No começo deste mês, forças policiais de Nairobi fizeram uma incursão em um depósito da Worldcoin, apreendendo diversos equipamentos que armazenavam informações da íris dos habitantes de Nairobi. Informações indicam que a organização mãe da Worldcoin, Tools for Humanity, ignorou uma determinação do Escritório do Comissário de Proteção de Dados do Quênia (ODPC) para cessar a coleta de informações pessoais. Atualmente, o projeto está sendo monitorado por diferentes agências de proteção, financeiras e de segurança.