O mercado testemunhou um salto de 6% nas ações da Coinbase logo no início do dia 15 de fevereiro, impulsionado por uma reavaliação positiva de um analista da JPMorgan e pelo aumento no valor das criptomoedas. A revisão de perspectiva de Kenneth Worthington, que antes havia rebaixado a empresa em janeiro, reflete uma visão otimista, impulsionada pelo sucesso dos ETFs de Bitcoin e pelo aumento no valor do Bitcoin e do Ethereum. A melhoria na classificação da empresa para neutra, após anteriormente estar subponderada, indica um reconhecimento do impacto positivo do crescimento dos ETFs de Bitcoin e da valorização das criptomoedas nas perspectivas da Coinbase.
Revisão Positiva da Classificação da Coinbase e Impacto dos ETFs de Bitcoin
Worthington aponta que o avanço nos preços das criptomoedas é provável que beneficie as operações e a lucratividade da Coinbase no primeiro trimestre de 2024. A atração gerada pelos ETFs de Bitcoin, que acumularam mais de US$ 10 bilhões em ativos logo no primeiro mês, excedendo as expectativas, é uma fonte potencial de receita para a Coinbase através de parcerias com gestores de ativos, com expectativa de gerar entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões em taxas de serviço.
Desempenho Financeiro e Desafios Regulatórios
Apesar do otimismo, análises sugerem que a Coinbase pode enfrentar dificuldades para reportar lucros no ano corrente, com margens operacionais negativas. Ainda assim, projeções mais otimistas, como as de John Todaro da Needham & Company, indicam a possibilidade de um lucro líquido de US$ 103 milhões, marcando uma possível virada rumo à rentabilidade após dois anos. Enquanto isso, a empresa enfrenta desafios legais, incluindo uma ação da SEC, mas o interesse dos investidores no potencial de longo prazo da Coinbase se mantém forte, evidenciado por um significativo aumento no retorno total das ações ao longo do ano. Contudo, a alta relação preço/valor patrimonial levanta questões sobre a valorização das ações em relação ao valor real da empresa.