Um parlamentar da Argentina sugeriu o investimento em criptomoedas como estratégia para economizar e proteger-se da inflação que assola o país. A crise argentina, agravada nos últimos tempos, tem impulsionado a inflação e levado os cidadãos a buscar alternativas para preservar seu poder aquisitivo.
A Argentina, por sua vez, ainda não possui um marco regulatório específico para criptomoedas, mas o deputado Martin Tetaz se destaca como um defensor do uso desses ativos digitais como um refúgio econômico diante da crise.
Aceitação e Restrições de Criptomoedas pelo Mundo
Embora muitos países ainda não tenham regulamentações específicas para criptomoedas, alguns estão avançando na direção de adotá-las como moedas oficiais, visando não apenas lucros, mas também a conservação de valor monetário.
Butão: Aposta na Mineração de Bitcoin
O Butão, um país asiático de pequeno porte, tem se destacado pela mineração de bitcoin, iniciada quando a criptomoeda estava avaliada em cerca de 5 mil dólares. Com uma matriz energética baseada em hidrelétricas, o país aproveitou sua energia renovável para desenvolver operações de mineração de bitcoin. Adicionalmente, o fundo de investimento Druk Holding and Investments Limited (DHI) do Butão, composto por empresas estatais, foi cliente da FTX, uma das maiores corretoras de criptomoedas que faliu, evidenciando os investimentos em criptomoedas do país, embora os detalhes financeiros específicos não tenham sido divulgados publicamente.
El Salvador: Bitcoin como Moeda Oficial
El Salvador notabilizou-se por ser o primeiro país a adotar o bitcoin como moeda oficial, uma decisão que gerou controvérsia devido à volatilidade da criptomoeda. Apesar das críticas e das perdas financeiras decorrentes da queda no preço do bitcoin, o presidente Nayib Bukele manteve sua fé no potencial da criptomoeda para o desenvolvimento nacional, introduzindo a carteira digital Chivo para facilitar seu uso pela população.
Tonga: Considerando o Bitcoin para Remessas Internacionais
Tonga está explorando a adoção do bitcoin como moeda oficial, visando reduzir as taxas sobre remessas internacionais, que representam uma carga significativa sobre seu PIB. A adoção da criptomoeda poderia diminuir essas taxas e promover o desenvolvimento econômico do país.
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Estados Unidos: Líder em Adoção e Investimento em Criptomoedas
Os Estados Unidos se destacam no cenário global de criptomoedas, com uma ampla aceitação desses ativos como meio de pagamento e investimento. O país abriga um número significativo de investidores em criptomoedas, empresas do setor e caixas eletrônicos de criptomoedas, embora haja uma vigilância política intensa sobre as operações dessas empresas.
Adoção Global e Países Resistentes às Criptomoedas
A pesquisa da Coinjournal revelou os países mais avançados na adoção de criptomoedas, considerando o número de proprietários, empresas e projetos relacionados.
Em suma, o ranking levou em consideração os países com maior número de proprietários de criptomoedas, quantidade de empresas e projetos de criptomoedas e porcentagem de ganho de criptomoedas. Veja o ranking:
- Estados Unidos
- Reino Unido
- Alemanha
- França
- Vietnam.
Alguns países, como Argélia, Iraque, Marrocos e Tunísia, proibiram o uso de criptomoedas, com a China sendo o caso mais notório, banindo transações de criptomoedas em 2021 para combater a lavagem de dinheiro e a captação ilegal de fundos, impactando significativamente o mercado global de criptomoedas.
Em resumo, o panorama global em relação às criptomoedas é vasto e diversificado, refletindo uma mistura de aceitação entusiástica, cautela regulatória e resistência direta. Enquanto países como Butão e El Salvador abraçam as criptomoedas, explorando seu potencial para inovação financeira e desenvolvimento econômico, nações como a China optam por restringir ou banir completamente o uso desses ativos digitais, citando preocupações com a estabilidade financeira e a legalidade das transações.
A Argentina, apesar da ausência de uma legislação específica para criptomoedas, vê nesse mercado uma saída para a crise econômica e a inflação crescente, demonstrando como as criptomoedas podem servir como uma alternativa de investimento e poupança em tempos de incerteza econômica. Por outro lado, os Estados Unidos emergem como líderes na adoção de criptomoedas, refletindo a crescente integração desses ativos no sistema financeiro global.
Este cenário evidencia a importância crescente das criptomoedas no mundo contemporâneo, destacando a necessidade de uma abordagem equilibrada que reconheça seu potencial para inovação econômica, ao mesmo tempo em que aborda os desafios regulatórios e de segurança associados. À medida que avançamos, é provável que vejamos uma evolução nas políticas e na adoção de criptomoedas, à medida que os países buscam encontrar seu lugar nesse novo paradigma financeiro.
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